O
vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, analisou
os dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Anuário Brasileiro de
Segurança Pública, um dos mais respeitados estudos da violência no Brasil. O
levantamento aponta que a Bahia sozinha teve mais mortes violentas que os dois
maiores estados do País em população: São Paulo e Minas Gerais. Neto chamou a
atenção para o que considera uma celebração inadequada do governador Jerônimo
Rodrigues (PT) em relação à segurança pública.
“O governador Jerônimo Rodrigues, de maneira
desrespeitosa, passou os últimos dias celebrando o momento vivido pela
segurança pública no estado da Bahia. Eu queria saber o que é que o governador
tem a dizer com o dado que foi divulgado no dia de hoje, dado que é resultado
do estudo feito pelo Anuário Brasileiro da Segurança Pública, que coloca,
infelizmente, a Bahia, em primeiro lugar, novamente, em número de homicídios do
Brasil,” afirmou Neto, destacando a gravidade dos números apresentados pelo
anuário.
Dados –
A Bahia registrou um total de 6.578 homicídios, ultrapassando
significativamente os números combinados dos dois maiores estados do Brasil,
Minas Gerais e São Paulo, que juntos somaram 6.525 homicídios. “Observem como a
situação está crítica em nosso estado. Quando a gente pega os dois maiores
estados do Brasil, que são Minas Gerais e São Paulo, juntos, esses estados
registram 6.525 homicídios. Pois bem, a Bahia, sozinha, é responsável por 6.578
homicídios,” destacou o ex-prefeito.
A crítica se estende ao comparativo com o Rio de
Janeiro, tradicionalmente conhecido pelos altos índices de violência. “Tinha
aquela fama do Rio de Janeiro ser o campeão nacional da violência, o Rio de
Janeiro era o estado onde a barbaridade acontecia. Pois bem, a Bahia registrou
54% a mais de homicídios do que o estado do Rio de Janeiro,” ressaltou ACM
Neto, enfatizando que os números são uma realidade que contrasta com o discurso
do governador.
Segundo Neto, os dados são um reflexo das mortes
violentas ocorridas no estado durante o primeiro ano do governo de Jerônimo
Rodrigues. “Isso tudo, governador, não é ficção, isso é realidade. Aí estão os
números retratando o que acontece na Bahia, aliás, retrato bem diferente
daquele que o senhor tenta produzir na sua propaganda e nos seus discursos,”
finalizou o vice-presidente do União Brasil.