Em carta endereçada ao presidente Lula (PT) e ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), a Frente Nacional de Prefeitos solicitou a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho da Federação para discutir medidas nos três âmbitos –municipal, estadual e federal –para enfrentamento dos eventos climáticos extremos que o Brasil tem vivenciado.
“É
imperioso construirmos capacidade de prevenção e de respostas tempestivas aos
desafios que passaram de urgentes a imediatos”, diz a carta, assinada pelo
prefeito de Aracaju (SE) e presidente da Frente, Edvaldo Nogueira (PDT).
O
Conselho, criado em abril, tem 18 integrantes. Além de Lula e Padilha,
representam o Planalto o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui
Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda). Há
também seis governadores, cinco prefeitos e um representante da Confederação
Nacional dos Municípios.
“Eventos
cada vez mais intensos e frequentes têm acometido nossas cidades, causando
prejuízos imensuráveis e vitimando brasileiras e brasileiros de todas as
regiões”, diz a carta.
Enquanto
grande parte do país enfrentou uma onda de calor sem precedentes, os estados do
Sul foram afetados por sucessivas enchentes desde setembro.
Nesta
quinta (22), o Rio Grande do Sul contabilizava mais de 29.000 pessoas
desalojadas (retiradas de casa) ou desabrigadas, danos em 179 municípios e
cinco mortes –além das 50 contabilizadas nas enchentes de setembro.