Na manhã desta quarta-feira (17), um dos
suspeitos de matar o
ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Fontes, de 64 anos, foi preso. O
suspeito foi levado para a sede do DHPP (Departamento de Homicídios e deProteção à Pessoa), no centro da capital paulista.
A prisão foi cumprida após a Justiça
decretar, na terça-feira (16), a prisão preventiva de dois suspeitos envolvidos no
crime, conforme informou a CNN. Ruy Fontes foi morto em uma emboscada na
segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. A informação foi
confirmada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme
Derrite.
Segundo o secretário, os
criminosos não conseguiram incendiar um segundo veículo utilizado na
ação, e a Polícia Técnico-Científica conseguiu coletar material para
identificação dos envolvidos. Os suspeitos foram identificados por meio de
impressões digitais.
Ruy Fontes foi enterrado
na terça-feira (16). Derrite informou que o primeiro suspeito já foi preso
ao menos quatro vezes, duas por tráfico de drogas e duas por roubo. Quando
adolescente, ele também foi apreendido. A identidade do suspeito não foi
revelada.
O governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas, determinou a mobilização total da polícia para esclarecer o caso.
“Não pediu a proteção, nem formal, nem
informalmente, não tem nenhum pedido de proteção, até porque, se tivesse, nós
daríamos. A gente tem algumas autoridades que contam com a proteção do Estado e
toda vez que a gente é demandado a gente encara isso sempre com muita
responsabilidade. Então se a gente tivesse recebido um pedido de proteção, se
isso tivesse sido registrado, a gente com certeza daria”, explicou o
governador.
Ainda segundo Tarcísio, o governo
paulista estuda uma forma de fornecer automaticamente proteção para autoridades
que se aposentem, com o caso do ex-delegado, e que corram risco por enfrentarem
o crime organizado.
Como foi o ataque
Ruy Fontes foi baleado ao sair da sede
da Prefeitura de Praia Grande, no início da noite de segunda-feira (15). Quinze
minutos antes, conversou por telefone com o procurador de Justiça Márcio
Christino.
“Fui o último a conversar com ele. Ele
não estava fazendo nada ligado à segurança, estava afastado da área”, disse em
entrevista ao Estadão. Na sequência, o ex-delegado deixou a prefeitura e foi
seguido por criminosos em uma Hilux.
Feridos no tiroteio
Os disparos atingiram também familiares
de uma testemunha. Uma jovem foi baleada na perna e já recebeu atendimento.
Outro jovem, de 19 anos, sofreu fratura no osso da perna causada por tiro de
fuzil. Ele segue internado e deve passar por cirurgia, conforme a reportagem.
A Polícia Militar mobilizou tropas da Rota e do Batalhão de Choque para localizar os criminosos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em nota que irá dedicar “toda energia” às investigações.