Na manhã desta
terça-feira (1°), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Coronelismo em
Ilhéus, Conceição do Coité e Salvador, cumprindo nove mandados de busca e
apreensão. A ação visa combater crimes eleitorais e conexos, com foco no uso
ilegal da estrutura pública municipal em benefício de uma coligação partidária,
causando prejuízos aos cofres públicos.
As investigações
revelaram o emprego irregular de servidores, veículos e combustíveis públicos,
além de supostas fraudes documentais e superfaturamento de contratos para
encobrir o uso indevido de recursos públicos.
Em Ilhéus, viaturas
foram vistas na sede da prefeitura e em locais como o comitê de campanha do
candidato Bento Lima, na Avenida Soares Lopes, e no posto de gasolina Leleu, na
Avenida Itabuna.
Na semana passada, a PF
já havia deflagrado a Operação Barganha, com foco em figuras como o prefeito
Mário Alexandre (PSD) e o ex-secretário municipal Bento Lima (PSD). Durante
essa operação, a polícia encontrou R$ 915,9 mil em espécie na residência de um
dos empresários investigados.
Os investigados podem
enfrentar acusações de utilização de veículo público em campanha eleitoral,
conforme o Art. 11 da Lei 6.091/1974, que pode resultar no cancelamento do
registro ou diploma do candidato. Além disso, poderão responder por crimes de
peculato (Art. 312 do Código Penal), falsificação de documento público (Art.
297 do Código Penal) e associação criminosa (Art. 288 do Código Penal).
Os crimes em questão
também podem configurar abuso do poder econômico e improbidade administrativa.
O nome da operação, segundo a PF, remete a um período em que coronéis
manipulavam a população e usavam o poder público para fins privados, cometendo
várias ilegalidades.