O ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) atacou o PT e o presidente Lula em discurso nesta quinta-feira
(5) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde participou de
um evento de apoio à candidatura de Junio Amaral (PL) à prefeitura. Ao subir no
palanque, ele disse que o PT é o partido da “desgraça, da fome e da miséria”.
“Onde há PT não existe
liberdade, amor, fraternidade, oportunidade de emprego. Onde tem PT tem
desgraça, fome, miséria. Querem saber se uma cidade tem futuro ou não? Conte
quantos vereadores do PT têm neste município”, afirmou ao lado de Amaral, do
deputado federal Nikolas Ferreira e do candidato do PL à Prefeitura de Belo
Horizonte, Bruno Engler.
A visita de Bolsonaro
tenta alavancar a candidatura de Junio Amaral, que disputa a eleição justamente
contra o PT, da atual prefeita Marília Campos — que tenta o quarto mandato à
frente do Executivo municipal.
O ex-presidente também
falou sobre combate à ideologia de gênero e resultados econômicos de seu
governo em meio à pandemia. Bolsonaro também relacionou o atentado sofrido em
Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 2018, aos adversários políticos.
“Quem me esfaqueou no
dia 6/9/18? Um filiado do PSOL, partido satélite do PT. É sempre assim, as
pessoas de direita sofrem atentados, como aconteceu com Donald Trump nos
Estados Unidos”, disse.
Crítica à decisão de
Moraes
Com a voz rouca, o
ex-presidente ainda falou que o Brasil não é um país livre.
“Querem calar nossa
voz. Não podemos considerar o país livre com um povo sem liberdade. Quem acha
que estou errado vá no X e tente mandar uma mensagem. Sempre achamos que todos
os políticos são iguais, mas mostramos que não é bem assim. Fizemos um governo
diferente para construir uma grande nação”, afirmou, em alusão à decisão do
Ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a operação do X no Brasil.
“A censura escancarada
está aí. Não podemos permitir qualquer tipo de ditadura. Não podemos permitir,
ainda mais vindo de onde vem”, completou.
7 de setembro
Bolsonaro ainda pediu
atenção aos atos do dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Eu poderia ter ficado
nos Estados Unidos. Não passei a faixa porque não passo a faixa para ladrão.
Resolvi voltar para o Brasil. Peço a vocês: ouçam as pessoas na Paulista (em
7/9). Eles vão falar o que acontece no nosso Brasil”, disse.
O evento começou com um
discurso da ex primeira dama Michelle Bolsonaro em apoio à campanha de Junio
Amaral. Bruno Engler, candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Nikolas
Ferreira, deputado federal, também falaram aos apoiadores.
Ato de campanha
Junio Amaral também
discursou em ataques ao PT, partido da atual prefeita Marília Campos.
“A cidade foi dividida
em duas. Um lado está com a máquina. O PT de Contagem é o mesmo do mensalão, do
Petrolão. E é o mesmo que vem fazendo as mesmas coisas que sempre fez. Mas
agora existe um adversario”, disse. Junio também defendeu o projeto do Rodoanel
e a valorização das forças de segurança do município.
A agenda de Jair
Bolsonaro pela Grande BH começou em Santa Luzia. O ex-presidente desembarcou no
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, pouco depois das 12h. De
lá ele seguiu para um almoço em uma churrascaria na cidade da região metropolitana
de Belo Horizonte junto com a candidata do PL à prefeitura do município, Fabia,
antes de partir para Contagem, também na Grande BH.
Por lá, ele seguiu em
uma carreata que começou no sambodromo, no Eldorado, e seguiu até a igreja São
Gonçalo, no centro, onde discursou.
Bolsonaro veio acompanhado ainda dos senadores Flavio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, Cleitinho (Republicanos), e do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL). Engler (PL), acompanhou Bolsonaro em todas as agendas.