A influenciadora Deolane
Bezerra, de 36 anos, foi solta nesta sexta-feira (6/9) após passar duas noites
presa na Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como Bom Pastor. Ela foi
detida por suposto envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro e jogos
ilegais.
A informação foi confirmada pela coluna junto a fontes da Polícia Civil de Pernambuco. Conhecida por uma vida luxuosa, Deolane Bezerra ficou presa em uma das quatro unidades prisionais femininas do país tidas como modelo. Em 2014, a OAB visitou o presídio. Veja fotos abaixo.
Além do dinheiro, relógios de luxo e joias foram apreendidos pela polícia
O levantamento que classificou o Bom Pastor como referência levou em
consideração boas práticas no atendimento à mulher, especialmente às mães
presas. Os outros estabelecimentos que se destacaram no país foram: Unidade
Materno Infantil (RJ), Penitenciária Feminina de Cariacica (ES) e Presídio
Feminino Santa Luzia (AL).
Além de Deolane, outras 18
pessoas foram alvos de mandados mandados de prisão na Operação Integration, que
mobilizou 170 agentes em Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR),
Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de Recife.
OAB se posiciona
A Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, divulgou uma nota informando
que qualquer infração de que tome conhecimento é investigada. Confira o
comunicado na íntegra:
“A OAB SP apura toda e qualquer infração que chegue a seu conhecimento por
intermédio de representação ou diante de fato divulgado em canais de
comunicação. Por força do Art. 72, parágrafo 2 da Lei Federal 8.906/94 os
processos são sigilosos e não permitem qualquer divulgação de providências
eventualmente adotadas, nem mesmo acerca de sua instauração, sendo que o sigilo
vigora até que haja decisão condenatória irrecorrível que tenha penalizado o
advogado (a) com suspensão ou exclusão dos quadros da OAB.”
Declaração de Deolane Bezerra
A defesa de Deolane Bezerra se pronunciou nesta quarta-feira a respeito da
prisão. A advogada Adélia Soares, em um comunicado, afirmou que a operação
surpreendeu a todos e alegou que “toda a investigação é sigilosa”. “Desde já,
informamos que nossas clientes têm condutas irrepreensíveis e nunca se
recusaram a fornecer qualquer tipo de esclarecimento, o que farão novamente”,
escreveu a advogada.
Segundo a colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, a advogada respondeu a questionamentos da Polícia Civil sobre sua renda mensal, a origem do dinheiro, possíveis envolvimentos com lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores provenientes de atividades ilícitas, além de perguntas sobre a gestão e participação societária em suas empresas.