O presidente Lula (PT) afirmou
que vai devolver à União o relógio de ouro da marca Cartier que ganhou de
presente em 2005, ainda no seu primeiro mandato, da França. A medida adotada
pelo petista surge após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), em
reconhecer que presentes dados aos mandatários não devem ser considerados como
“bens públicos”.
A deliberação da Corte, por
sua vez, abre brecha para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja
inocentado no caso das joias da Arábia Saudita, o qual foi alvo de investigação
pela Polícia Federal (PF).
O chefe do Executivo federal,
segundo informações da coluna Igor Gadelha, do portal Metrópoles, teria ficado
irritado com a atitude dos ministros do TCU e chegou a ligar para o ministro
Bruno Dantas para reclamar da decisão. O petista afirmou que pretendia ir
pessoalmente entregar o relógio à Corte de Contas.
O objeto doado ao mandatário é
avaliado em cerca de R$ 60 mil.
Lula ainda declarou que a
Advocacia-Geral da União (AGU) deverá apresentar um recurso ao TCU em relação à
decisão.