Entre janeiro e agosto
deste ano, 24 pessoas morreram em decorrência da dengue em Vitória da
Conquista, no sudoeste da Bahia, e outros 36 óbitos suspeitos estão sendo
investigados no município. Para ter uma noção, a segunda cidade com mais
mortes, Encruzilhada, registrou cinco óbitos pela doença este ano.
Atualmente, o município
é um dos 41 que decretaram estado de epidemia de dengue na Bahia. Os motivos
para a situação alarmante do município podem ser muitos. De acordo com Amanda
Maria Lima, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Vitória da Conquista,
há dois principais.
“O que ocasionou o
aumento da incidência da doença foi a presença de mosquitos Aedes aegypti nos
domicílios e a ampla suscetibilidade das pessoas que vivem no município, [já
que] Vitória da Conquista não tem registro de epidemias de dengue como em
outras cidades do Brasil, ou seja, a população não havia entrado em contato com
novos sorotipos, como o 2, por exemplo”, diz.
A infectologista
Clarissa Cerqueira explica que o número alto de óbitos está relacionado ao
clima e às chuvas da região. Além disso, a especialista afirma que os registros
demonstram que as medidas de controle vetorial não estão sendo eficazes e que
mais pessoas com comorbidades estão se infectando, o que leva à maior
letalidade.
“Algo a ser investigado
também é se os serviços de saúde estão preparados para receber e lidar com
esses pacientes, para garantir que todos os pacientes tenham uma boa
orientação”, diz.
Em fevereiro, Vitória
da Conquista não se classificou entre os 115 municípios baianos escolhidos pelo
Ministério da Saúde para receber a vacina contra a dengue, ficando, na época,
sem previsão de receber doses do imunizante. Isso porque não atendeu ao critério
de alta transmissão exigido pela pasta.
O Governo Federal
priorizou municípios com mais de 100 mil habitantes, os que tiveram alta
transmissão de dengue entre 2013 e 2022 e aqueles com maior predominância de
dengue de sorotipo 2 (o que, segundo a coordenadora, a cidade não teve), de
acordo com um informe publicado no site da prefeitura de Vitória da Conquista.
Em todo o estado, foram
registradas 120 mortes até a última atualização do painel de acompanhamento de
casos de dengue da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), na última
segunda-feira (29).
Em 2024, são, até o
momento, 42.804 casos notificados de dengue, sendo 33.959 confirmados, 7.199
descartados, 1.304 inconclusivos e 299 casos em investigação em Vitória da
Conquista.
Em boletim
epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Vitória da
Conquista na última quarta-feira (31), há registro de 51 novos casos suspeitos
de dengue, sem registro de óbitos desde o dia 8 de julho.
Em fevereiro, Vitória
da Conquista não se classificou entre os 115 municípios baianos escolhidos pelo
Ministério da Saúde para receber a vacina contra a dengue, ficando, na época,
sem previsão de receber doses do imunizante. Isso porque não atendeu ao critério
de alta transmissão exigido pela pasta.
O Governo Federal
priorizou municípios com mais de 100 mil habitantes, os que tiveram alta
transmissão de dengue entre 2013 e 2022 e aqueles com maior predominância de
dengue de sorotipo 2 (o que, segundo a coordenadora, a cidade não teve), de
acordo com um informe publicado no site da prefeitura de Vitória da Conquista.
Em todo o estado, foram
registradas 120 mortes até a última atualização do painel de acompanhamento de
casos de dengue da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), na última
segunda-feira (29).
Em 2024, são, até o
momento, 42.804 casos notificados de dengue, sendo 33.959 confirmados, 7.199
descartados, 1.304 inconclusivos e 299 casos em investigação em Vitória da
Conquista.
Em boletim
epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Vitória da
Conquista na última quarta-feira (31), há registro de 51 novos casos suspeitos
de dengue, sem registro de óbitos desde o dia 8 de julho.