A mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas ainda está alta devido à grande circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). A análise é do boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (11).
O documento destaca que a
mortalidade da SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante na faixa infantil
de zero a dois anos e em idosos. No entanto, na população idosa, se destacam as
mortes por SRAG associadas ao vírus da gripe, à influenza A e à covid-19.
Seis unidades da federação
apresentam sinal de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave na tendência de longo prazo: Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará,
Roraima e São Paulo. Já é possível observar uma estabilização ou interrupção do
crescimento do número de casos de VSR e influenza A em alguns estados do
Centro-Sul.
A análise mostra que ainda
estão altos os casos dos vírus influenza, VSR e rinovírus na maioria dos
estados do Sudeste, como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Alguns
estados do Norte também apresentam manutenção do aumento dos casos de VSR e
rinovírus em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora do
InfoGripe Tatiana Portella, no cenário nacional, há sinal de queda na tendência
de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na tendência de curto
prazo (últimas três semanas) nos casos de SRAG.
“A diminuição da Síndrome
Respiratória Grave a nível nacional se deve a uma queda ou interrupção no
crescimento das SRAG por vírus respiratório e influenza A em muitos estados”,
avalia a pesquisadora, reforçando a importância da vacinação no país contra a
covid-19.
Casos de Covid -19
A Covid-19 tem se mantido
em patamares baixos quando comparada com o histórico de circulação. Porém, o
vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos do
Amazonas, Ceará e Piauí nas últimas semanas.
Também alguns estados do Norte e Nordeste têm apresentado uma ligeira atividade da Covid-19.