Cinco policiais militares suspeitos de homicídios e de integrar uma milícia são alvo da Operação Moranga, deflagrada nesta terça-feira (14) nos municípios baianos de Salvador e Senhor do Bonfim, além da cidade pernambucana de Petrolina.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA),
os agentes são investigados pela morte de Eliel Neres da Silva, em 14 de
fevereiro de 2017, em Juazeiro. A vítima foi assassinada com diversos disparos
de arma de fogo em sua residência. Os nomes dos militares não foram divulgados.
A investigação aponta que os autores usavam coturnos,
luvas e brucutus. O atirador também utilizou um abafador de som na arma de fogo
para evitar que os disparos chamassem atenção.
A ação foi deflagrada pela SSP, por meio da Força
Correcional Especial Integrada (Force), pela Corregedoria da Polícia Militar
(Correg) e pelo Ministério Público Estadual (Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco/ Gaeco Norte).
Vítima
foi torturada
Conforme a SSP, os policiais investigados tinham
realizado diligências na residência de Eliel, situada na zona rural de
Juazeiro. A vítima, em uma dessas ações foi torturada na presença da família, e
ameaçada de morte, caso não informasse onde estariam escondidos dinheiro, armas
e drogas.
Durante as investigações, apurou-se que os militares
retornaram para casa de Eliel após a sua morte. Eles vasculharam a residência
em busca de dinheiro, armas e drogas. Os PMs ainda ameaçaram a esposa e a filha
da vítima.
Informações iniciais indicam que eles integram uma
milícia —grupo armado que forma um poder paralelo, à revelia das forças de
segurança.
Suspeita-se
que, assim, praticavam crimes diversos na região. A ação policial, no entanto,
visa coletar indícios que comprovem o envolvimento dos policiais.
Todo o material apreendido será submetido à conferência e análise pelos integrantes da Force e Gaeco e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para a adoção das medidas cabíveis.