Desde que sofreu uma série de ataques hacker em seus sistemas
na madrugada da última sexta-feira (10/12), o Ministério da
Saúde não conseguiu solucionar o apagão de dados sobre a Covid-19 causado pela invasão.
A derrubada das plataformas da pasta afetou, por exemplo, a
emissão do comprovante de imunização contra o coronavírus por meio do
aplicativo ConecteSUS. A função permanecia indisponível até a
noite desta quinta-feira (16/12).
A discussão
sobre a exigência do comprovante de vacinação estava no meio de um furacão de
polêmicas entre autoridades quando o ataque ocorreu. Alvo de críticas do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o documento passou a ser obrigatório para viajantes que chegam ao
Brasil após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso.
O ataque hacker também impossibilitou o registro do avanço da
campanha de imunização no país. Na quinta-feira (16/12), 14 estados não
disponibilizaram dados sobre doses de vacinas aplicadas. O país, que estava imunizando mais de 1,2 milhão
de pessoas por dia, passou a contabilizar uma média de 900 mil após a invasão.
Os dados são do consórcio de
veículos de imprensa* e foram analisados pelo (M)Dados,
núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.