Um homem de 33 anos foi preso acusado de estuprar a ex-enteada, uma
menina de apenas 11 anos, no Amazonas. O suspeito é músico e foi identificado
como Bruno do Acordeon. O sanfoneiro teve um relacionamento com a mãe da
vítima, que morreu de Covid-19 no início do ano. A suspeita é que os abusos
aconteciam mesmo antes da mãe falecer.
O pai da menina foi quem procurou a polícia no último dia 17, para
registrar o desaparecimento da filha. A criança teria saído de casa com destino
a residência da avó, mas não chegou ao local.
Segundo a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em
Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), após o registro, a polícia
encontrou indícios de que a menina estaria na companhia do ex-padrasto e que o
homem vinha cometendo abusos sexuais contra ela ao menos desde o ano passado.
“Com base nas informações sobre os abusos sexuais praticados contra a
criança, iniciamos diligências, e fomos à casa do indivíduo, onde o mesmo negou
que ela estivesse lá com ele, momento em que disse que a menina estaria na casa
de uma tia dele”, disse a delegada.
A equipe policial então se deslocou até a casa da tia do músico, que
ficava no mesmo bairro, mas a mulher afirmou que desconhecia o paradeiro da
criança. Nesse meio tempo, segundo a polícia, sabendo das investigações para
localizar a vítima, Bruno levou a menina de volta para a casa do pai. A vítima,
porém, ao ser abordada pela polícia, confessou estar sendo abusada sexualmente
pelo ex-padrasto. O abusador também confessou a prática do crime.
“O sanfoneiro mesmo longe da criança era controlador e monitorava tudo o
que ela fazia e com quem conversava. Diante da análise das mensagens trocadas
entre o suspeito e a criança, verificamos que ela tinha um carinho por ele e o
chamava de pai. Esse é um clássico tipo de abuso intrafamiliar que viola a
inocência da criança. Ele sabia conduzir a situação inclusive prometia casar
com ela assim que ela completasse 15 anos. É um crime hediondo e de nenhuma
maneira essa conduta pode ser normalizada”, ressaltou Joyce Coelho.