
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse na tarde desta
terça-feira que pretende cortar “no mínimo” 30% dos
cargos políticos nos bancos federais. Em conversa com jornalistas no
Superior Tribunal Militar (STM), ele confirmou que sua equipe prepara um
“pente-fino” para mapear indicações partidárias no Banco do Brasil (BB), no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Banco do Nordeste (BNB) e no Banco da Amazônia
(BASA). “Pretendemos diminuir (o número de cargos) e colocar gente comprometida
com outros valores lá dentro”, afirmou.
A uma pergunta sobre o “cabide” de empregos nos
bancos federais e autarquias, Bolsonaro afirmou que a equipe do economista
Paulo Guedes, escalado para o ministério da Economia, irá “rever” as estruturas
das instituições. “Vamos diminuir isso aí”, ressaltou O presidente eleito disse
“concordar” que há um “exagero” no número de comissionados e citou ainda o
quadro de funcionários dos ministérios.
Na entrevista, ele voltou a destacar que pretende
dar transparência às operações do BNDES, uma bandeira de campanha. “No
BNDES, o sigilo vai ser zero”, disse.
Bolsonaro destacou que as mudanças nos bancos estatais e as
nomeações de presidentes, incluindo a do Banco Central, estão sendo analisadas
por Paulo Guedes. Até agora, o futuro ministro da Economia informou que Joaquim
Levy, ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff, comandará o BNDES. “É da
minha índole confiar nas pessoas”, disse Bolsonaro, referindo-se a Guedes.
“Essa é a política econômica do Paulo Guedes. Ele tem ascendência”, completou.
“O Brasil está numa situação crítica e está nas mãos
dele tirar (o País) dessa situação.”
Ministérios

Também nesta terça, em visita marcada
por empurra-empurra ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), Bolsonaro afirmou
que pode anunciar os futuros ministros do Meio Ambiente e de Relações
Exteriores nesta quarta-feira. Ele compareceu no início da tarde ao tribunal
para se reunir com o presidente da Corte, ministro Brito Pereira. “É possível
acontecer até amanhã (quarta). Está madura esta questão. Queremos alguém do
quadro do Itamaraty”, disse, sobre o futuro chanceler. Questionado se o novo
titular seria um homem ou uma mulher, Bolsonaro respondeu: “Pode ser gay
também”.
Cotado para assumir o Ministério da
Saúde a partir de janeiro, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) confirmou
que recebeu o convite para o cargo e disse que “nasceu pronto para trabalhar”.
Ao Estado, o deputado, que não concorreu à reeleição, afirmou que ter
conversado com Bolsonaro duas vezes.
(Informações da Agencia Estado).