Na manhã desta
quarta-feira (25), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia
Militar (PMMG) realizaram a Operação Castelo de Cartas, desmantelando um
esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro em Montes Claros e Uberlândia. A
operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) – Regional de Montes Claros, com o apoio da 10ª Promotoria
de Justiça da cidade.
Foram cumpridos
mandatos de busca e apreensão em várias empresas e residências, com apreensão
de veículos de luxo e a indisponibilidade de bens que somam R$ 4.875.220,55. O
esquema envolveu um casal de influenciadores digitais de Montes Claros, cujos
nomes não foram divulgados por estarem sob segredo de justiça. Utilizando sua
popularidade nas redes sociais, o casal promove rifas virtuais para disfarçar a
origem ilícita dos recursos, que foram posteriormente lavados por meio de
transações bancárias entre suas empresas e pela compra de imóveis e itens de
luxo.
Segundo as
investigações, o casal realizou ações públicas e exibiu comprovantes de
pagamento de impostos nas redes sociais para criar uma fachada de legalidade.
Contudo, há fortes promessas de que os sorteios eram manipulados, com prêmios
direcionados a pessoas próximas ao casal, o que ampliava ainda mais a teia de
fraude.
Coletiva de imprensa
revela detalhes da operação
Logo após a operação, o
Ministério Público de Montes Claros realizou uma coletiva de imprensa para
esclarecer os desdobramentos do caso. Estiveram apresenta os promotores Daniel
Castro e Melo, Flávio Pinheiro, Daniel Ornelas e Diego Gomes, além do major Fernando,
da Polícia Militar de Minas Gerais. As autoridades forneceram mais informações
sobre o esquema e sobre as ações futuras para combater crimes relacionados à
lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais na região.
“Essa operação é um
marco na nossa luta contra a lavagem de dinheiro e a prática ilegal de rifas,
que pode parecer inocente, mas gera danos profundos para a sociedade.
Continuaremos atentos e comprometidos em impedir que atividades criminosas como
essas prosperem em nosso estado”, afirmou o promotor Daniel Castro e Melo.
Alerta sobre os perigos
dos jogos de azar
Durante a coletiva, as
autoridades destacaram os riscos envolvidos na prática de jogos de azar, como
as rifas ilegais. Além de fomentar a violência, esses jogos podem acarretar
perdas financeiras expressivas, bem como problemas sociais e psicológicos para
as pessoas envolvidas. O Ministério Público e a Polícia Militar reforçaram o
apelo para que a população denuncie atividades suspeitas, a fim de proteger a
comunidade e garantir o cumprimento da lei.
“A prática de jogos ilegais pode parecer inofensiva, mas é uma porta de entrada para um conjunto de problemas graves que afetam toda a sociedade. Estamos vigilantes e não medimos esforços para desarticular outros esquemas semelhantes na região”, declarou o major Fernando, da PMMG.