Durante seu discurso, após tomar posse como
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a mensagem
que seu governo queria passar ao país é de “esperança e reconstrução”.
Ele
relembrou sua primeira vitória eleitoral, em 2002: “Eu disse naquela ocasião
que a missão de minha vida estaria cumprida quando cada brasileiro e brasileira
pudesse fazer três refeições por dia. Ter de repetir meu compromisso hoje,
diante do avanço da miséria e do regresso da fome, que havíamos superado, é o
maior sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes.”
O presidente disse que, em seus mandatos
anteriores ficou demonstrado que uma pessoa da classe operária podia presidir o
país com sucesso e que os mais pobres podiam ser considerados na hora das
decisões do governo.
Ele
também fez críticas ao que chamou de “destruição de políticas públicas que
promoviam a cidadania e o direito à saúde e à educação”. E reforçou que o
diagnóstico dado pela equipe de transição governamental de transição é
“estarrecedor”.
Defesa das urnas - Lula ainda defendeu o
sistema eletrônico de votação, que sofreu ataques durante o processo eleitoral,
e destacou a força da democracia.
"Se
estamos aqui hoje é graças à consciência política da sociedade brasileira e à
frente democrática que formamos ao longo dessa histórica campanha eleitoral.
Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição", declarou Lula.
Combustíveis - O presidente ainda falou
em seu discurso em alguns temas que tem pautado a política econômica do pais
nos últimos anos. Lula disse que não faz sentido a importação de produtos como
combustíveis, fertilizantes, derivados de petróleo, entre outras tecnologias.
“O
Brasil é grande demais para renunciar ao seu potencial produtivo. Não faz
sentido importar combustíveis, fertilizantes, plataformas de petróleo,
microprocessadores, aeronaves e satélites. Temos capacidade técnica, capitais e
mercado sufiente para retomar a industrialização e a oferta de serviços em
nível competitivo”, afirmou Lula.