Prefeito reeleito, filho de ex-prefeito, Iggor Oliveira, PSD, 35 anos, sente-se muito seguro como condutor da gestão municipal de Poço Verde, o vigésimo segundo maior município em população em entre os 75 de Sergipe, com 23.867 pessoas, e o vigésimo maior colégio eleitoral do Estado, com 18.674 eleitores no ano passado.
Iggor Oliveira sente-se seguro, mas ao mesmo tempo ciente de que deve ser muito mais demandado em face das necessidades da cidade. Mas ele acha que cumpre esse riscado e, agora em segundo mandato, com mais voltagem e melhor potência.
“Muita gente queria que no segundo mandato a gente reduzisse o trabalho, mas eu posso afirmar que nesse primeiro ano do segundo mandato nós trabalhamos ainda mais que todos os quatro anos da primeira gestão”, afirma o prefeito.
De cara, Iggor Oliveira assegura ao Estado e sobretudo aos poçoverdenses que vai levar seu mandato rigorosamente até o dia 31 de dezembro de 2024. Ou seja, que não se desincompatibilizará agora em 2022 para disputar qualquer mandato na eleição estadual que se avizinha, como um espaço na Alese, por exemplo.
“Precisamos seguir trabalhando o mandato confiado pelo povo que nos deu mais uma oportunidade e precisamos dar as respostas às demandas e aos anseios da nossa comunidade. Deixar a nossa marca na história e no coração da nossa gente, como meu pai, que é o meu maior ídolo, deixa até hoje e se tornou deputado federal do povo de Poço Verde”, justifica Iggor.
Mas ele não descarta que tenha pretensão de um voo maior lá na frente. “Temos sim. Mas em um momento futuro. Em 2026, com ainda mais experiência, tendo encerrado esse ciclo que se encerrará em 2024, iremos trabalhar com força e determinação para que Poço Verde e a região centro-sul possa ter a oportunidade de ser mais valorizada e com uma representação vinda direto do povo de uma cidade pequena, mas com muita força de vontade, coragem e fé”, reforça.


Dito isso, Iggor Oliveira se aferra à convicção de que a sua condição de prefeito de Poço Verde é exercida de uma maneira muito presencialmente e resolutiva dos problemas das comunidades.
“A nossa gestão vai até onde o povo de Poço Verde está. Estou em contato diário com a população, sempre estamos promovendo ações itinerantes, como o Programa Comunidade Solidária, que leva os equipamentos da prefeitura para os bairros e povoados”, diz.
“Com a renovação do mandato, renovaram-se também os sonhos e a vontade de fazer mais. Sou um prefeito que vivo com a minha família na minha cidade, trabalho diariamente na Prefeitura e nas ruas e povoados, e assim a gente tem feito um mandato muito próximo das pessoas. E assim faremos até o último dia de mandato que me foi confiado por Deus e pelo meu povo”, avisa.
Nesta Entrevista, Iggor Oliveira fala da herança maldita que recebeu em 1º de janeiro de 2017 do ex-prefeito Thiago Dória, PSB, da boa relação política que construiu com o governador e correligionário Belivaldo Chagas, da perspectiva de o PSD fazer o futuro governador, do importante papel de conselheiro que seu pai José Everaldo de Oliveira exerce sobre sua atuação de gestor e do bem-estar na relação institucional com o vice-prefeito Euberlan Binho e todo o grupo dele.
Everaldo Iggor Santana de Oliveira é um poçoverdense que nasceu em Aracaju, especificamente na Clínica Renascença, no dia 22 de março de 1986. Ele é filho de José Everaldo de Oliveira e de Antônia Stela Santana de Oliveira.
Iggor é casado com Ana Cláudia Abreu Mendes de Oliveira, estudante do 6º período de Direito e secretária municipal de Comunicação Social de Poço Verde, área na qual vem dando um viés de organização no governo do marido, inclusive licitando a publicidade legal do município. Com ela, ele é pai de Bernardo, de seis anos, e de Marianna, de dois.
Atualmente, Iggor Oliveira cursa o 10º período de Direito na Universidade Ages, em Paripiranga, Bahia, vizinha a Poço Verde. Logo, é um formando programado para esse 2022.1.
Para estar prefeito reeleito, Iggor já passou por três disputas. Em 2012, pelo PSC, perdeu por 289 votos a eleição para Thiago Dória, PSB - 6.342 votos contra 6.631.
Em 2016, ainda no PSC, com 8.206 votos, ele derrotou Dória, o que lhe deu uma frente histórica de 2.364 votos. Em 2020, já no PSD, obteve 6.398 votos e se reelegeu sobre Edna Dória com uma vitória de 271 votos de frente.
“A administração pública nunca foi uma tarefa fácil e a pandemia agravou ainda mais esse processo, porque ampliou os problemas que já existiam”, avisa Iggor Oliveira.
A Entrevista com o prefeito de Poço Verde se configura como uma conversa madura com uma liderança estadual. Em virtude disso, vale ainda mais a leitura.

“A administração pública nunca foi uma tarefa fácil e a pandemia agravou ainda mais esse processo, porque ampliou os problemas que já existiam. Por exemplo, em questão de saúde, a contratação de médicos para as nossas cidades no interior, que sempre foi um grande problema, com a pandemia ficou ainda mais delicado”
JLPolítica - Partindo da sua experiência pessoal em Poço Verde, como o senhor acha que tem sido para os prefeitos sergipanos administrar nestes dois anos de pandemia?
Iggor Oliveira - A administração pública nunca foi uma tarefa fácil e a pandemia agravou ainda mais esse processo, porque ampliou os problemas que já existiam. Por exemplo, em questão de saúde, a contratação de médicos para as nossas cidades no interior, que sempre foi um grande problema devido à distância da capital, com a pandemia veio a alta demanda e esse processo ficou ainda mais delicado.
JLPolítica - Por acaso, foi pior para quem fora eleito em 2020 e melhor para quem fora reeleito?
IO - Não sei se é possível ver vantagem em alguma dessas situações de catástrofes ou o momento pandêmico que atravessamos. Ambas as situações são variáveis. O pessoal eleito nesse período pode encontrar mais tolerância da população por estar chegando, mas quando você é reeleito as cobranças são muito maiores. No meu caso, vejo a minha reeleição como a confirmação da confiança da maioria do meu povo no trabalho que a gente vem executando. As pessoas confiaram o gerenciamento do município à organização, à responsabilidade e à transparência com os recursos públicos, além de todo o elenco de obras que o nosso mandato tem entregue à população de Poço Verde.
JLPolítica - No seu caso pessoal, como se deram esses dois anos? Como a sua gestão termina 2021 do ponto de vista administrativo?
IO - Foram dois anos difíceis pra todo mundo, e quem está à frente de um município sofre muitas pressões, mas como falam aqui na cidade, coragem eu tenho, graças a deus! Desde quando assumi o município venho enfrentando todos os desafios. Encontrei a cidade abandonada e, diferentemente do que as pessoas costumam pensar, não é um trabalho fácil lidar com essa herança. Foi e está sendo um processo de retomar a confiança, o respeito e a admiração pela nossa cidade. A minha gestão está focada em ações que dialogam com a realidade do meu povo, dando soluções reais que nem sempre são instantâneas, mas que organizaram as contas do município. Pagamos os salários em dia. Do 13º, o funcionário já recebe 70% no seu aniversário. Temos um hospital de urgência aberto 24 horas por dia, fruto do esforço de uma gestão e uma equipe empenhadas em proporcionar o melhor para a nossa gente. Uma coisa você pode ter certeza: Poço Verde hoje respira um momento muito melhor do quando assumimos em 1º da janeiro de 2017.

“Quando uma coisa não vai bem na gestão, implica em todo resto ruim. É um trabalho de rede. A gestão Thiago Dória deixou a cidade em situação caótica, muito complexa e que precisou de muito trabalho, fé e compromisso para resolver os problemas que encontramos. E o que venho fazendo até hoje é reconstruir a unidade entre todos setores essenciais”
JLPolítica - O senhor diria, então, que ainda hoje a gestão de Poço de Verde ressente da herança deixada por Thiago Dória em 2016, e em que áreas?
IO - Quando uma coisa não vai bem na gestão, implica em todo resto ruim. É um trabalho de rede. Além de todo desmonte na área financeira, a falta de manutenção para o bem público, bem como para as questões sociais, a gestão Thiago Dória deixou a cidade em situação caótica, muito complexa e que precisou de muito trabalho, fé e compromisso para resolver os problemas que encontramos. E o que venho fazendo até hoje é reconstruir a unidade entre todos esses setores essenciais , como por exemplo, a reorganização administrativo-financeira, pois encontramos o município com salários atrasados, greves, fornecedores sem receber, frota sucateada, sistemas de esgotamento sanitário a céu aberto em conjuntos, obras paralisadas há anos e tantos outros problemas.
JLPolítica - Quais foram as principais mudanças realizadas nesses seus cinco anos de gestão na organização administrativa tocada pelo seu grupo?
IO - Foram muitas. Reativamos a urgência 24 horas que eles fecharam. Reabrimos todas as unidades básicas de saúde da cidade e dos povoados, além de construir e reformar novas unidades que hoje contam, além do serviço médico, com dentista, psicólogos, nutricionistas e outras micro especialidades. Colocamos as contas em dia, salários são pagos rigorosamente dentro do mês, 13º salário 70% pago já no aniversário do servidor. Reformamos e estamos reformando as escolas, inclusive com o investimento de R$ 1 milhão de recursos próprios em uma nova unidade de ensino que está sendo reformada na sede. Já entregamos três novas quadras esportivas, praças públicas foram construídas e também reformadas na sede e nos povoados, sistema de esgotamento sanitário de conjuntos em execução e diversas ruas pavimentadas por todo o município. Houve a renovação da frota, maquinário, novos ônibus escolares, enfim, um elenco de ações que vêm transformando a vida das pessoas, e tenho certeza que ainda há muito a ser feito, que existem muitos problemas a serem solucionados, e temos buscado o melhor caminho para a resolução, principalmente fazendo com que os benefícios cheguem diretamente para a população.
JLPolítica - A sua gestão consegue que tipo de equilíbrio entre a prestação de serviço à comunidade, a realização de obras e atendimento às demandas dos servidores?
IO - A nossa gestão vai até onde o povo de Poço Verde está. Estou em contato diário com a população, sempre estamos promovendo ações itinerantes, como o Programa Comunidade Solidária, que leva os equipamentos da prefeitura para os bairros e povoados, um espaço de atendimento e escuta dos problemas de todos. Com esse trabalho, consigo entender as demandas das Secretarias e seus membros, as demandas do povo e como começar a planejar e buscar realizar as demandas solicitadas. A relação com a nossa bancada de vereadores e com o Legislativo também tem sido um ponto de equilíbrio fundamental para estarmos ainda mais conectados com o sentimento da população.

“Precisamos de obras estruturantes e ao longo dos anos temos trabalhado muito para conquistá-las. Somente em 2021, já entregamos, ao lado do governador Belivaldo Chagas, o recapeamento asfáltico de toda a Rodovia SE-316, que liga nossa cidade à capital, via Simão Dias, talvez a mais importante obra de infraestrutura asfáltica e mobilidade do município”
JLPolítica - De quais obras essenciais Poço Verde necessita e como tem sido o desempenho da sua gestão frente a essas necessidades?
IO - Olha, precisamos de obras estruturantes e ao longo dos anos temos trabalhado muito para conquistá-las. Somente em 2021, já entregamos, ao lado do governador Belivaldo Chagas, o recapeamento asfáltico de toda a Rodovia SE-316, que liga nossa cidade à capital, via Simão Dias, talvez a mais importante obra de infraestrutura asfáltica e mobilidade do nosso município. Sobretudo temos dialogado com o governador sobre o recapeamento da rodovia que liga Poço Verde a Tobias Barreto, que é um sonho nosso, e estamos trabalhando junto ao governo para que possa se tornar realidade. Agimos pela reabertura do Ginásio Estadual de Esportes, a finalização da obra da praça de eventos que está em execução, também pelo Governo do Estado. Temos nos empenhado em Brasília pela construção de novos pórticos para as entradas da cidade, buscamos emendas para os sistemas de abastecimento de água em todos os povoados. Todas essas são obras e projetos que estão em execução ou com projetos em andamento através das nossas parcerias. É assim que a gente tem feito, com muita coragem, buscando recursos, trabalhando presente para construir o futuro da nossa gente.
JLPolítica - Qual é o efetivo de servidores de Poço Verde entre os da ativos, os aposentados e os comissionados?
IO - Fecharemos dezembro com um total aproximado de 600 servidores, entre servidores ativos, inativos e comissionados.
JLPolítica - Isso gera uma folha de pagamento mensal de quanto, e a sua gestão tem conseguido mantê-la em dia?
IO - A folha salarial bruta de Poço Verde, com encargos patronais, gira em torno de R$ 3,4 milhões ao mês e está em dia com todos os servidores, inclusive com todos os 13º do ano 2021 já pagos em 100%.

“Confio no trabalho de Belivaldo Chagas e tenho a convicção que o Sergipe de hoje tem mais segurança administrativa do que em outros momentos. Belivaldo é um verdadeiro estadista, um homem simples e que conhece o Estado como ninguém, além de ser nosso vizinho e um simãodiense bairrista (risos). Na minha opinião, está resolvendo os mais diversos problemas do Estado com esse jeito de ser, e esse resultado está chegando a todos os municípios”
JLPolítica - Qual é o endividamento geral de Poço Verde entre INSS, empréstimos e precatórios?
IO - Não tenho essa informação atualizada, mas a última vez que puxamos os débitos até 2017, ultrapassavam R$ 50 milhões. Então judicializamos tudo, e temos buscado, através do Judiciário, os caminhos e decisões que dão ao município a condição administrativa para que os serviços essenciais possam estar em total funcionamento.
JLPolítica - A parceria entre a gestão municipal e a do Governo do Estado, através da sua relação até de correligionário partidário com o governador Belivaldo Chagas, tem deixado que saldo para o município?
IO -Confio no trabalho de Belivaldo Chagas e tenho a convicção que o Sergipe de hoje tem mais segurança administrativa do que em outros momentos. O governador Belivaldo é um verdadeiro estadista, um homem simples e que conhece o Estado como ninguém, além de ser nosso vizinho e um simãodiense bairrista (risos). Na minha opinião, o governador está resolvendo os mais diversos problemas do Estado com esse jeito de ser, e esse resultado está chegando a todos os municípios. Digo que em Poço Verde, nós já recebemos uma nova rodovia, muito mais confortável e segura que outrora, o governo está construindo uma nova praça de eventos, tem nos ajudado bastante na manutenção da nossa unidade de saúde e temos alguns projetos bem encaminhados, como a pavimentação asfáltica de diversas ruas na sede e no povoado São José, além do recapeamento da rodovia Poço Verde-Tobias Barreto.
JLPolítica - Como se dera esse ajuste e a eliminação da gratificação na educação municipal de Poço Verde? O que era pago e incorporado e por que o senhor resolveu eliminar?
IO - Poço Verde e Aracaju são os dois únicos municípios sergipanos em que os diretores escolares são escolhidos por gestão democrática. E isso é importante demais, desde que o modelo adotado seja de zelo, amor e dedicação pela nossa rede educacional de ensino. Há algum tempo a gente vem dialogando que as gratificações recebidas por diretores estão desproporcionais perante o quadro escolar. Para se ter uma ideia, um professor, eleito diretor, poderia chegar a ter um aumento de até 90% do seu salário base em gratificação chamada Fepa. A média salarial de um diretor, quando eleito, variava de R$ 10 mil a até R$ 16 mil por mês, com as gratificações. O que fizemos foi alterar apenas esse anexo da lei, reduzindo apenas essa gratificação que se dá por escola x número de alunos, de uma média de aumento de 50%, 60%, 70% para 18%, 17% e 16%.E é importante ressaltar que o diretor eleito continua tendo os benefícios normais de ampliação da carga horária de 160h para 200h, triênios e a própria Fepa que segue nesses novos parâmetros percentuais.

“Um professor eleito diretor poderia chegar a ter um aumento de até 90% do seu salário base em gratificação chamada Fepa. A média salarial de um diretor, quando eleito, variava de R$ 10 mil a até R$ 16 mil por mês, com as gratificações. O que fizemos foi alterar apenas essa gratificação que se dá por escola x número de alunos, de uma média de aumento de 50%, 60%, 70% para 18%, 17% e 16%”.
JLPolítica - Mas isso não feriu o direito dos professores?
IO - Nenhum artigo do plano de carreira foi alterado. Apenas o anexo IV, único, que tratava sobre gratificação através de eleição para diretores escolares, com as reduções dos percentuais. Portanto, nenhum direito adquirido fora ferido. É importante frisar que esse procedimento irá gerar uma economia de R$ 350 mil por ano aos cofres da educação via gratificação de apenas 13 diretores.
JLPolítica - A gestão de Poço Verde paga o piso nacional do magistério?
IO - Sim, pagamos o piso nacional do magistério para o ano vigente e com os salários dos professores pagos dentro do mês trabalhado. Uma grande vitória para nós que recebemos o município com salários atrasados e saindo de greve, passamos quatro anos pagando os salários no dia 10 do mês subsequente e, com muita responsabilidade, conseguimos ajustar as finanças e reorganizar as contas também na área educacional.
JLPolítica - Como é que o senhor encontrou a área educacional no primeiro ano da sua gestão lá em 2017?
IO - A reorganização da educação foi um dos nossos grandes desafios, como já afirmamos. Greve, atrasos salariais, escolas e transporte escolar sucateados, além de toda uma rede descrente na administração pública. Não foi fácil para nós resgatar essa confiança. Mas com fé e coragem, enfrentamos os desafios, dialogamos sempre de cabeça erguida com a categoria, com as contas abertas e de forma muito transparente construímos uma relação de confiança, e hoje, com tudo em dia, as coisas estão bem melhores.

“A reorganização da educação foi um dos nossos grandes desafios. Greve, atrasos salariais, escolas e transporte escolar sucateados, além de toda uma rede descrente na administração. Não foi fácil resgatar essa confiança. Mas com fé e coragem, enfrentamos os desafios, dialogamos sempre com a categoria, com as contas abertas e de forma muito transparente construímos uma relação de confiança”
JLPolítica - Mas o magistério estaria feliz com a gestão do senhor?
IO - Olha, tenho certeza de que nenhum gestor irá agradar 100% a categoria do magistério e até acredito que os dessa área de fato merecem muito, pela importância que têm em construir a mente das nossas crianças, formando os nossos cidadãos. Ocorre que ser gestor demanda responsabilidade com o futuro de uma cidade inteira e não apenas com a alegria momentaneamente de conceder algum tipo de reajuste e que em algum momento a municipalidade não consiga arcar. Sou muito transparente em relação a esse tipo de diálogo e de construção dessa impactação no futuro da minha cidade.
JLPolítica - O prejuízo para a educação pública municipal com a pandemia pode ser medido hoje?
IO - Acredito que ainda não. Somente no ano que vem é com o passar dos meses que conseguiremos ter uma noção da evolução ou retração pedagógica em nossos alunos. Mas estou esperançoso de que através da tecnologia e com a somação de esforços teremos uma retomada econômica ampla, e que abrangerá também o sistema educacional como um todo, no sentido de novas metodologias de ensino. A pandemia proporcionou esse aperfeiçoamento e municípios, estados, universidades investiram e estamos investindo em formações continuadas para os nossos profissionais através das plataformas digitais. Esse pode ter sido um avanço importante.
JLPolítica - Como a gestão atende às necessidades de quem faz ensino superior e estuda fora da cidade, tendo de ir e vir todos os dias?
IO - A Prefeitura sempre contribui com a metade do recurso investido pelos alunos que se deslocam diariamente. Nesse período pós-pandemia, ainda são poucos os alunos que estão presencialmente em universidades, mas seguimos cumprindo o nosso compromisso e arcamos com 50% dessa despesa de deslocamento.

“Hoje temos uma relação bastante harmoniosa com o Legislativo municipal sob a condução sempre habilidosa do presidente Rivan Francisco. O Rivan, por natureza, é calmo e conciliador e tem tornado o Legislativo forte ao lado de uma bancada de vereadores preparados e que tem debatido com muita propriedade os mais diversos assuntos da sociedade”
JLPolítica - A relação entre o Executivo e o Legislativo municipais de Poço Verde é melhor ou pior nesta gestão em comparação com a anterior?
IO - Melhor. Hoje temos uma relação bastante harmoniosa com o Legislativo municipal sob a condução sempre habilidosa do presidente Rivan Francisco. O Rivan, por natureza, é calmo e conciliador e tem tornado o Legislativo forte ao lado de uma bancada de vereadores preparados e que tem debatido com muita propriedade os mais diversos assuntos da sociedade.
JLPolítica - Mas essa melhoria se deve somente a isso?
IO - Acredito que também na experiência, na calma na hora de tomar decisões e na confiança das pessoas na forma que administramos a cidade, com pulso firme, sempre com muita responsabilidade, transparência e a população aprovou a maioria dos vereadores aliados, além de vereadores que mesmo ganhando as eleições em outras coligações, também se somaram ao nosso projeto político. Tudo isso ajuda. Hoje temos ampla maioria e isso é fruto de uma história de vida limpa e de credibilidade que a gente vem construindo a cada dia na gestão da cidade.
JLPolítica - A sua gestão tem que planejamento para os desafios dos próximos três anos?
IO - Olha, é natural que tenhamos realizado um planejamento estratégico e ele vem sendo executado ao longo de todo esse período. Com a renovação do mandato, renovaram-se também os sonhos e a vontade de fazer mais. Sou um prefeito que vivo com a minha família na minha cidade, trabalho diariamente na Prefeitura, nas ruas e povoados, e assim a gente tem feito um mandato muito próximo das pessoas. E olhe que muita gente queria que no segundo mandato a gente reduzisse o trabalho, mas eu posso afirmar pra você que nesse primeiro ano do segundo mandato nós trabalhamos ainda mais que todos os quatro anos da primeira gestão. E assim faremos até o último dia de mandato que me foi confiado por deus e pelo meu povo.

“Sou um prefeito que vivo com a minha família na minha cidade, trabalho diariamente na Prefeitura, nas ruas e povoados, e assim a gente tem feito um mandato muito próximo das pessoas. Muita gente queria que no segundo mandato a gente reduzisse o trabalho, mas nesse primeiro ano do segundo mandato trabalhamos ainda mais que todos os quatro anos da primeira gestão”
JLPolítica - Como é que Poço Verde, sua gestão e seu povo passaram e têm passado pela pandemia do coronavírus?
IO - Durante a pandemia eu decidi que a população precisaria se sentir segura e informada. Tomamos medidas arrojadas, em diversos momentos. Fechamos as entradas da cidade, fomos os primeiros a fazer barreiras sanitárias e desinfecção de ruas, e chegamos a passar 60 dias sem nenhum caso confirmado. Fomos dos últimos municípios de Sergipe a ter um caso confirmado do coronavírus. Nesse período, realizei lives informativas com as ações do município, divulgando para as pessoas todos os passos da nossa rede de saúde, em busca de proteger o nosso povo. Todos se sentiram seguros com informações. Eu pedia a opinião das pessoas e assim a gente foi superando os desafios com ações impactantes. Acredito que Poço Verde foi um dos municípios que lutaram bravamente contra a pandemia.
JLPolítica - Quanto por cento da população está vacinada contra a Covid-19?
IO - No sistema e-sus temos um percentual de 74% da população já vacinada com a primeira dose e 66% com a segunda dose ou dose única. Já estamos vacinando todos os maiores de 18 anos com a dose de reforço com cinco meses após a segunda, e temos 92% dos jovens de 12 a 17 anos já vacinados com a primeira dose. Reduzimos a segunda dose dessa fase para apenas 21 dias e queremos reduzir a dose de reforço para quatro meses, buscando a imunização rápida e total de toda a nossa população, mas sempre em consonância com o Plano Nacional de Imunização.
JLPolítica - Sendo um político do PSD, o senhor está entre os que acham que deve ser deste partido o candidato ao Governo de Sergipe em 2022?
IO - Sim, estou. Eu defendo que o PSD é o partido mais forte do Estado de Sergipe hoje, administra o Estado, a grande maioria das Prefeituras e temos o deputado federal mais votado de Sergipe em nossos quadros. Dentro do grupo político liderado pelo governador Belivaldo Chagas, temos bons nomes e eu tenho certeza de que darão continuidade aos avanços que o nosso Estado tem tido, como o novo sistema de saúde do Estado, que tem tido avanços importantes na segurança pública e, o mais importante, nas contas públicas. O governador Belivaldo chegou para resolver e está resolvendo essas e outras demandas. Precisamos dar continuidade a esse projeto.

“Defendo que o PSD é o partido mais forte de Sergipe hoje, administra o Estado, a grande maioria das Prefeituras e temos o deputado federal mais votado em nossos quadros. Dentro do grupo político liderado pelo governador Belivaldo Chagas, temos bons nomes e tenho certeza de que darão continuidade aos avanços que o nosso Estado tem tido”
JLPolítica - O senhor faz objeção a quem entre os quatro nomes governistas postos aí - Edvaldo Nogueira, Fábio Mitidieri, Laércio Oliveira e Ulices Andrade - citados aqui em ordem alfabética?
IO - A ninguém. Como disse, o grupo liderado pelo governador tem um time forte, com preparo e que, entre eles, quem for definido pré-candidato pelo grupo nós estaremos nas ruas defendendo e levando a mensagem à população de que Sergipe precisa seguir avançando. Eu defendo um centro-sul forte, um Estado forte, e sem dúvidas, é sob a coordenação do governador Belivaldo que caminharemos.
JLPolítica - Qual é o seu conceito geral da gestão feita por Belivaldo Chagas no Governo de Sergipe?
IO - O governador Belivaldo faz uma gestão administrativa como há muito a gente não vê em um Estado. Ele é presente, faz questão de acompanhar a arrecadação, despesa por despesa e conhece o Estado como ninguém. Isso tem o ajudado a ser um governador de palavra firme e que está conseguindo resolver problemas que pareciam insolúveis, como a questão dos salários dos servidores ou o pagamento dos aposentados. Sabemos que há muito a ser feito, mas com sabedoria e maestria o governador tem conduzido sua equipe e tem feito uma gestão responsável, transparente e que está atendendo às expectativas da sociedade.
JLPolítica - Isso seria o suficiente para ele eleger o sucessor?
IO - Isso é suficiente para demonstrar que o Estado está entrando no eixo, que está no rumo do desenvolvimento e do progresso. A sucessão se torna um resultado desse esforço coletivo, dessa união de ideias e de um planejamento estratégico que vem dando certo e que precisa seguir para que o nosso Estado não retroceda.

“Trabalharei no mandato confiado a mim por Deus e pelo meu povo até último dia de 2024. Não posso sair antes do prazo que me foi confiado. Mas no futuro, temos muitos planejamentos e já estamos discutindo com amigos e lideranças. Todo sonho começa com um plano. Deus é quem o realiza junto do povo”
JLPolítica - Poço Verde, enquanto cidade regional do extremo sul, não tem planos de voltar a ocupar espaços no Legislativo estadual?
IO - Temos sim. Mas em um momento futuro. Precisamos seguir trabalhando o mandato confiado pelo povo que nos deu mais uma oportunidade e precisamos dar as respostas às demandas e aos anseios da nossa comunidade. Deixar a nossa marca na história e no coração da nossa gente, como meu pai, que é o meu maior ídolo, deixa até hoje e se tornou deputado federal do povo de Poço Verde. Em 2026, com ainda mais experiência, tendo encerrado esse ciclo que se encerrará em 2024, iremos trabalhar com força e determinação para que Poço Verde e a região centro-sul possa ter a oportunidade de ser mais valorizada e com uma representação vinda direto do povo de uma cidade pequena, mas com muita força de vontade, coragem e fé.
JLPolítica - O senhor não seria, então, este candidato a deputado estadual em 2022 e prefere levar seu mandato até 2024?
IO - Sim, trabalharei no mandato confiado a mim por Deus e pelo meu povo até último dia de 2024. Não posso sair antes do prazo que me foi confiado. Mas no futuro, temos muitos planejamentos e já estamos discutindo com amigos e lideranças. Todo sonho começa com um plano. Deus é quem o realiza junto do povo.
JLPolítica - O senhor continua vendo no vizinho Marival Santana, ex-prefeito de Simão Dias, um nome vistoso para deputado estadual ano que vem ou mudou de opinião?
IO - Sim, sem dúvidas, continuo. Marival Santana é preparado, e ao cargo que disputar terá uma votação surpreendente, especialmente no município de Simão Dias, que ele administrou de forma brilhante por dois mandatos. Marival é um querido amigo por quem torço muito pelo sucesso.

“Meu pai sempre brinca dizendo que passou o bastão para mim (risos). Mas na verdade ele é um político 24 horas por dia e que pensa a todo momento no bem-estar da nossa gente. O nosso foco total é o de organizar Poço Verde e deixar a nossa marca como sempre o fizemos nas gestões do meu pai, que foi o maior prefeito da história do município. Ele me aconselha. É o nosso líder maior”
JLPolítica - Por que seu pai, o ex-deputado estadual e federal José Everaldo de Oliveira, sumiu das disputas eleitorais?
IO - Meu pai sempre brinca dizendo que passou o bastão para mim (risos). Mas na verdade ele é um político 24 horas por dia e que pensa a todo momento no bem-estar da nossa gente. Acontece que na vida a gente precisa ter foco, planejamento e ação. O nosso foco total é o de organizar Poço Verde e deixar a nossa marca como sempre o fizemos nas gestões do meu pai, que foi o maior prefeito da história do município. Agora, ele me aconselha, me ajuda. É o nosso líder maior. E é por ele que devotamos todo o trabalho de um grupo político forte e unido há mais de 40 anos. José Everaldo de Oliveira é tradição na política de Poço Verde e de Sergipe, mas como disse antes, nós fazemos parte do grupo liderado pelo governador Belivaldo Chagas e estamos prontos para somar e ajudar, mas realizados em fazer o nosso papel em Poço Verde, planejando ações futuras. O tempo e o destino dirão.
JLPolítica - Como é que tem sido a sua relação com o vice-prefeito Euberlan Costa, o Binho? Ele tem espaço na gestão para além dos limites constitucionais garantidos?
IO - O vice-prefeito Binho é uma pessoa muito especial, um amigo para todas as horas. O vice-prefeito tem em sua vida pessoal suas atribuições, mas não deixa de estar sempre presente em nosso meio. Na nossa gestão, ele e todo o seu agrupamento têm a participação em espaços importantes, como Secretarias, e estão sempre ao nosso lado.
JLPolítica - Qual é a importância para as gestões municipais de a relação entre prefeitos e vice-prefeitos se dar em paz?
IO - É sempre importante conviver em paz com todo o nosso time. Um time que vai bem, caminha bem. É certo que é preciso muita paciência, sabedoria e diálogo para que tudo seja sempre bem construído.
JLPolítica - Como é que o senhor recebe a disposição dos vice-prefeitos de Sergipe de fundarem uma associação especificamente para eles?
IO - Toda forma de manifestação que busque a convergência de ideias para formarmos um plano que possibilite unir forças para fortalecer o municipalismo fortalece e beneficia a população.